



Mulheres no poder
Não sei se é impressão minha, mas as mulheres brasileiras estão diferentes desde o domingo, 31 de outubro de 2010...
Merecidamente empoderadas, como diriam nos meios acadêmicos...
Ainda que lhes seja, no Brasil, algo muito custoso: somos um país de pouca representação feminina na política.
Esta é uma história longa e lenta, mas tem suas heroínas...
Não há fotografias (nem tinha sido inventada ainda!...) da primeira mulher a exercer o poder executivo no Brasil, a arquiduquesa da Áustria e imperatriz do Brasil, Maria Leopoldina Josefa Carolina (aqui, numa “pré-foto”, uma gravura "realista").
Pois, na verdade, foi Leopoldina quem assinou o decreto de Independência do Brasil!
Exercendo a regência, em Agosto de 1822, durante viagem de D. Pedro I a São Paulo, recebeu notícias de Portugal, de críticas e ameaças a ele e a D. João VI. Em acordo com José Bonifácio de Andrada e Silva, reuniu o Conselho de Estado e assinou, a 2 de setembro de 1822, o decreto de Independência do Brasil. Junto com as notícias, enviou a Pedro I uma carta de José Bonifácio e outra sua, em que adverte: "O pomo está maduro; colhe-o já, senão apodrece". A D. Pedro, às margens do Ipiranga, não restou mais que "Independência ou Morte"...
Já a segunda, tem toda uma vasta coleção de fotos, a Coleção Princesa Isabel!...
Princesa Isabel em traje de aclamação como regente.
Autor desconhecido, 1887.
Diga-se de passagem, foi a primeira senadora brasileira, direito de herdeiros do trono a partir dos 25 anos de idade, segundo a constituição imperial brasileira de 1824.
E está ligada a um momento marcante da fotografia brasileira, o registro de sua aclamação, pela terceira vez, como Regente (por viagem de D. Pedro II à Europa), em 1887, feita
Aclamação da Princesa Isabel como Regente - Marc Ferrez, 1887
por Marc Ferrez na catedral do Rio.
É considerada a primeira foto com uso de flash de magnésio no Brasil, em equilíbrio com a luz ambiente.
Note-se que, devido à longa velocidade de exposição, várias pessoas estão “borradas”...
Durante esta última regência, arrematou a luta pela Abolição da Escravatura, em que se empenhara profundamente, ao assinar no Paço Imperial, diante de cerca de 10.000 pessoas, a Lei Áurea, momento em que recebe de José do Patrocínio, um dos maiores abolicionistas, o título de "Princesa Redentora".
Dilma Rousseff - Autor desconhecido, 2010.
Tantos anos depois, desta vez pela vontade soberana do povo brasileiro através de uma eleição absolutamente democrática, outra mulher recebe o poder executivo, agora na já mais que centenária república: Dilma Rousseff.
Espera-se (mas só a História dirá) que, a exemplo de suas longínquas antecessoras, consiga, a favor do povo brasileiro, resultados tão libertadores, tão redentores quanto os delas...
Postado por Aguinaldo Araújo Ramos às 14:0
agradeço ao Se Aguinaldo Araújo Ramos, que postou
ResponderExcluirjustamente um texto sobre o que eu estava pesquisando e pedindo-lhe licença, postei no meu blog.
Arcoiris Horizonte
Fico honrado.
ResponderExcluirQuanto mais circular, melhor.
Pode ter certeza de que eu tb capturei muita coisa na internet para fazer esta postagem...
Achei sua postura de ir à luta (ainda que eu possa estar exagerando um pouco...) muito parecida com a da presidenta!