Mesmo já estando acostumada e também tendo presenciado muitas vezes estas enchentes ao no Crato, pois morei a metade de minha vida lá, quando morava na rua dos cariris cheguei a tremer de medo vendo a agua subir e nada podíamos fazer. Quando ainda era menina e estudava no grupo Francisco José de Brito, teve uma enchente desta e nós ficamos com D. Milca Noroes até de madrugada sem podermos sair porque a ponte estava coberta por agua e só fomos levados para casa quando a agua baixou, isto quem estudou lá nos anos 60 vai lembrar.
Neste dia no outro canal que tem em uma ria bem no centro, não lembro o nome morreu uma jovem que era bem conhecida, ela saiu do carro e caiu no canal.
Quem lembrar deste fato, por favor passe para mim, assim meu texto dará mais veracidade aos fatos.
Em Petrolina -Pe em 1983, também fui vitima de enchentes, desta vez eu morava na ria Barão do Amazonas e foi coisa terrivel, tivemos apenas tempo de levarmos as crianças para um sobrado vizinho e a enchente levou todos móveis da casa, derrubando porta com parede e tudo, foi quando resolvemos mudarmos para Ribeirão Preto, escolhendo um lugar alto para construirmos nossa casa, mesmo assim quanto vem chuvas com vendaval ele passa derrubando árvores, telhados e o que tem pela frente.
É amigos isto já estava sendo avisado há tempos, mas nós nos descuidamos, demos de ombros e pensamos : Que nada a terra é rica e farta e Deus é bom. É verdade, mas todo presente que ganhamos temos que cuidar muito bem e pelo visto não fizemos isto.
Em alguns casos pelo menos resta a esperança que o governo seja responsável e tome conta da sua parte, para evitar tantas desgraças. E é isto que devemos cobrar de quem votamos entregando nossa cidade e nossas vidas.
Um drama ainda se vive: Pedimos chuvas para fertilizar a terra e ajudar o camponéz , mas tememos da maneira que ela desaba.
Que nós tenham,os mais consciência e cuidemos para deixarmos uma terra melhor para nossos herdeiros.
ìris Pereira
Diz com palavras de quem já passou varias vezes pela mesma tragédia, diz com o coração doendo por que agora foram irmãos da mesma terra em que foram criados, chora por ver sua cidade, a que tanto tempo só ver através de fotos, diz com lágrimas pois chora por não estar lá para ajudar, dar sua palavra de conforto e também arregaçar as mangas e entrar na luta da reconstrução e limpeza.
ResponderExcluirSou testemunha de sua dor e por isto dou valor ao que escreveu.
Aos cratenses minha solidariedade.
Mirandinha Nazareth