PRECISO DE UM PATROCINADOR

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Ribeirão Preto-, Sudeste-São Paulo, Brazil
Mulher com muita sede de aprender,, de se comunicar, de aparecer,fazer amizades, gritar: Estou aqui, eu existo, me vejam, me escutem...O resto saberão conhecendo nosso blog sou uma mulher simples, não tenho formação universitária, mas gosto de ler, de me informar, aprender. Sou inquieta, estou sempre em movimento à procura do saber mais e mais. Sou Cearense lá da Ponta da Serra, Gosto de Dançar, nadar, tomar banho de chuva, não sei brigar, mas se me irritarem vão arranjar uma boa briga. Meu maior defeito: Ciúme. Minha maior qualidade: Saber ouvir e ser solidária. O que mais odeio: Mentira O que mais me importa: Minha linda família. O que mais prezo: Meus amigos, mesmo os virtuais. Não bebo, não fumo, não uso droga, só as vezes, quando me refiro a fazer sexo, digo manhosa pro meu marido: Me dar essa droga ai, vai! Já li muitos livros, já vi muitos filmes, músicas todas, depende do momento e do astral. Amizade perfeita: A que diz a verdade Desejo: Escrever um livro Sonho: Voar Super poder:Voar O que não esqueço: Meus 9 anos O lugar que voltarei: Crato-PS Desejo oprimido:Provar que tenho um pai: Dalcir Siebra Brito
Cura do Câncer: meu desejo para 2011. Tenho um motivo pessoal para pedir a todos para que coloquem essa mensagem em seu status por uma 1h. Sei quem vai colocar! Pense em alguém que vc ame que teve cancer ou está lutando agora mesmo. Meu desejo é que em 2011 a cura seja encontrada. Há muitos que podemos mencionar que lutaram e que estão lutando. Espero ver isso no status de todos os meus amigos!

Enviem dicas de fofocas, receitas saborosa, saúde, beleza, colocarei tudo diariamente.

Um sonho para viver

visitantes, quero pedir desculpas por apresentar-lhes textos cheio de erros de concordâncias, português e outros mais, Nada Justifica o fato de eu não ter formação didática, pois a leitura é a melhor forma de se aprender e o pouco que sei foi através dela. Quero ainda dizer-lhes que aceito criticas e ajuda, pois ao escrever um texto, sento-me aqui o escrevo e o posto. Quero acrescentar algo a meu respeito que poucos sabem: Eu crio, eu fantasio, mas MENTIR NUNCA, JAMAIS e por isto lhes digo é muito pretensão a minha querer escreve e ser lida e ainda por cima querer companheiros(as), mas por que ser hipócrita e não confessar que morro de desejo que todos venham visitar-me e deixe algo, uma lição que estarei disposta a cumprir...Venham
façam comigo um pouco de magia, deitemos no chão e vamos formar bichinhos com as nuvens. Vamos tomar banhos de chuva, olhar a lua em lugar sem luzes...
Venham e façam-me feliz.
Maria Irismar

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Maria ainda não aprendeu somar nem dizer não.

Hoje a Maria teve pesadelos novamente. Apos ir dormir com muita raiva, alias ultimamente é só o que tem sentido a Maria.
Desde pequena a Maria aprendeu ficar calada e nunca responder mal a quem quer que fosse, foi assim que ela aprendeu, mesmo porque uma vez que tentou falar mais alto com a mãe, tomou um tapa na boca que cuspiu sangue, isto tinha seus 8 anos e já estava na escola, mas ela não chorava ia lá pra seu canto em cima do enorme pé de umbu e lá conversava com a Íris, sua melhor amiga, mas nem sei por que falar com ela, essa também nunca tinha solução pro enorme problema. As duas ficavam lá até que a mãe a chamasse para cumprir alguma tarefa, tipo cuidar da irmãzinha, varrer a casa, buscar água na cacinba do seu Totonho Norões, ou mesmo só tomar banho para levar a caçulinha no arisco. Isto ela adorava fazer pois lá encontrava todos as crianças de sua idade até maior, lá ela jogava bila, bolinha de gude brincando ela era criança também e esquecia de suas tristezas.
Maria não era tímida, mas tinha medo de tudo e ao realizar qualquer coisa sem que mandassem, ela sentia medo. Ela até que era divertida, naquela época passavam muitos filmes de reis e rainhas e a Maria adorava dançar como dançavam as escravas dos reinos e todos gostavam de vê-la dançar. Quando ela já estava uma mocinha com seus 14 anos um dia depois de assistir um filme de rei no qual teve uma dança linda onde a moça ia tirando seus lenços, ela juntou as colegas em casa e começou a dançar, improvisou os lenços, por baixo vestiu um maiô, sua mãe apreciava também esse seu dom, um rapaz seu vizinho que depois veio ser seu cunhado, adorava vê-la dançar, apesar de também ser tímido ele a olhava com muito gosto e as vezes ao terminar a dança, Maria era aplaudida e ele pedia que dançasse novamente que ele pagava, ela toda vaidosa dançava como se fosse só para ele e ao tirar os lenços os jogava para ele, nisto nesta arte de sedução a Maria sempre foi boa, pois fazia uma dança com o corpo e o olhar, ainda bem que a mãe dela não se incomodava com este ato já que era em sua própria casa e pra falar a verdade se saísse um namoro daquele lado de lá seria muito bom, pois eram rapazes do bem. Isto eram os gostos da Maria. É ela também teve vida boa, coisas boas pra contar a partir dos 13 anos, quando começou a passar ferias em outros lugares das redondezas do Crato, principalmente os sítios vizinhos.Mas vou pular quase todas as aventuras da Maria para contar, o porque de sua raiva ontem ao ir dormir. Maria por mais raiva ou ira que tivesse não xingava, nem falava gritando, não gostava de ofender e engolia muitas coisas a seco, calada e nestes 18 meses passados a vida dela tem sido um turbilhão de raivas, desgostos, coisa que todo mundo tem que ter na vida para aprender sobreviver e ser forte, sei lá, mas agora era mexendo com seu casamento, opa! Coisa sagrada e abençoada, esse era um amancebo abençoado, pelo menos por ela, seus filhos e família, era tudo de bom que acontecera em todos seus 40 anos, já até estava se sentindo perdoada por todos seus pecados e imprudências, achava até demais ser tão feliz, mas de repente como já disse de uns tempos pra cá a coisa tem mudado. Sua vida começou a ficar parecida com as demais vidas que ela conhecia. Mas certas coisas a Maria tolerava chorando embaixo do chuveiro, mas espere aí! Palavrões, xingamentos, falta de respeito ira no olhar? Não! Não! Mas as primeiras vezes deu pra aguentar e só chorar, entregar pra Deus e ter calma. Algo estava errado mas ia se concertar e voltar aos bons tempos, velhos tempos. Bom passeios, viagens e presentes tudo continuou, até melhor, mas espere aí, ela não havia mudado em nada, continuava se doando e se entregando como das primeiras vezes, o amor era igual, o sexo quente , ardente e caprichado, se arrumava com tamanho cuidado para estar sempre bonita e envelhecer com no mínimo uma beleza natural, mas os gritos a irritação aumentava. A Maria compreendeu que as coisas realmente mudaram, era como uma semente que você semeou, cuidou, nasceu, floriu, continuou brotando e dando flores, de repente pararam de dar botões, ou simplesmente não se abriam mais. É assim: Um dia ele a olhou com raiva, noutro dia gritou com você, outros olhares de ira e chega o dia que ele levanta a mão. Você treme, fecha os olhos para não rever uma cena tantas vezes vista em sua infância, mas para a graça da Maria a mão não baixou com violência, virou a tempo pra lá e saiu, talvez fugindo para não acabar tudo ali algo que durante 19 anos foi quase perfeito.Volta na maior calma e lhe trata como se não tivesse acontecido nada daquele pesadelo.Impressão minha ou eu não precisei dizer nada pra Maria? Não! Eu nada disse, nem fui com ela para o chuveiro, pelo contrario nos unimos e marcamos uma conversa, um acerto onde tudo teria que ser esclarecido e esclarecido vem de claro, sem penumbras e sem manchas. É como o céu sem nuvens. E essa conversa foi pesada, furtiva, com negação, igual o Pedro negou Jesus 3 vezes. Juras e promessas que tudo estava caminhando para ficar normal...O pesadelo da Maria foi este: Não encontrava o caminho do normal. E eu não também não soube mostrar este caminho, só soube ir para debaixo do chuveiro e deixar as águas se unirem as minhas lágrimas e irem para o rio...o mar...
Íris Pereira

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Onde começa o município do Crato- Ceará


Crato - Onde tudo começou




Crato é um município brasileiro do interior do estado do Ceará. Localiza-se no sopé da Chapada do Araripe no extremo-sul do estado e na Microrregião do Cariri, integrante da Região Metropolitana do Cariri. Fronteira com o estado de Pernambuco, a cidade situa-se no Cariri Cearense, conhecido por muitos como o "Oásis do Sertão". É a segunda cidade mais importante do Cariri em termos econômicos depois de Juazeiro do Norte, constituindo também um entroncamento rodoviário que a interliga ao Piauí, Paraíba e Pernambuco, além da capital do Ceará, Fortaleza. O município é dividido em dez distritos: Crato (sede), Baixio das Palmeiras, Belmonte, Campo Alegre, Dom Quintino, Monte Alverne, Bela Vista, Ponta da Serra, Santa Fé e Santa Rosa. ( Fonte: Wikipedia )

quarta-feira, 22 de junho de 2011


Movimento Brasileiro de Alfabetização: Eu fiz parte, eu plantei!

        Eu tinha 17 anos, tinha muitas amigas, mas algumas eram prediletas, mas tinha uma que só andávamos juntas e tudo que fazia parte de grupos, cursos, passeios, festas a única coisa que nos separava era na hora de cada uma ir encontrar seus namorados.
        Ela era de um sítio e morava na cidade junto com as irmãs para estudarem e somente ela trabalhava e estudava, nunca vi baixinha tão cheia de energia e vontade, por ela eu me teria formado em alguma faculdade como ela o fez, ela era mais velha que eu, mas eu acompanhava muito bem seu raciocínio. Eu sempre fui elogiada como sendo muito inteligente e esperta. Eu nunca queria estar nos grupos das mais jovens e sim nas mais velhas. Era a Legião de Maria, o grupo de jovens onde a chefe era Maria e o orientador espiritual era Pe. João Bosco. Era uma turma grande, mas muito organizada. Acredito que só eu ainda não tinha terminado o colegial, mas não me deixava ficar à traz. E todos gostavam de mim e eu deles. Que tempo bom.
        Em 1968 fiz o curso do MOBRAL, para poder alfabetizar e esta minha amiga fazia parte de um movimento mantido pela prefeitura e a diocese do Crato para alfabetizar as mulheres da zona, nesta época ficava no bairro vermelho, próximo à rua São Francisco. Cada grupo tinha um nome este tinha o nome de ninho e eu fiz o teste e passei, como só tinha 17 anos precisei de uma autorização reconhecida como legítima.
Foi um movimento muito bem trabalhado em prol das meninas que viviam nas casas de prostituição trabalhando e sem estudar, motivos não faltavam para que ela alegassem não poderem estudar, uma era como frequentar a sociedade, então nosso grupo saiu de casa em casa onde tivesse uma menina( assim a chamávamos) e a convencíamos a matricular-se em nossa escolar que era lá mesmo na zona, para não ter desculpas. Enfim depois de muito trabalho, conseguimos formar 2 turmas de alunas, tudo dado pela diocese, o transporte nos até o transporte para as professoras era da diocese, iam nos buscar em casa e nos trazer de volta. Tínhamos toda uma equipe muito bem elaborada, com professores especializados, o movimento espalhou-se por mais alguns estados, inclusive o Piaui sendo sede em Teresina, os trabalhos eram apoiados pela diocese e pelos padres seminaristas. Foi um trabalho lindo e gratificante, pegávamos mulheres que trabalhavam a noite toda mas na hora da aula estava lá atenta, querendo aprender ler, muitas é claro não se entusiasmava muito, porem nós professoras íamos atras de casa em casa, ouvíamos seus problemas, a tratávamos com carinho especial, muitas vezes ela nem queriam irem, mas nós insistíamos, até conseguirmos.
Nós continuávamos tendo orientação, chegamos até a irmos para Teresina para aprender e observar os métodos mais avançados que eles empregavam lá, foi uma semana de encontro com todos os professores e responsáveis para avaliação do que já se tinha conseguido. Cada grupo já tinha conseguido alfabetizar uma turma, a duras lutas, mas no prazo determinado foram feito provas com ela e as que passaram receberam seus certificados em uma festa como elas fizeram por merecerem.
        E os trabalhos não pararam por aí não demos os reforços para quem precisavam e não desistimos das que tinham, mesmo boa vontade.
        Depois o movimento enfraqueceu, não tive explicação, agora sei que a fraqueza deve ter sido política. Mas fiz minha parte e muito bem feita pois por muitos anos recebi cartas de duas meninas que foram embora de uma das casas mais luxuosas de lá para suas cidades de origem e lá continuaram a estudar. Quem planta colhe e desta vez eu plantei em um celebro letras e tirei alguém da cegueira do analfabetismo.
        Tempo feliz que foi até 1972 quando casei e separei-me das pessoas que eu tanto gostava, admirava e conheci com elas a alegria.
         Íris Pereira

domingo, 19 de junho de 2011

O caminho começa em você


19/06/2011

Quatro dias 4 dias com febre, sem motivos aparente, nada de dores, nada além de agonia, coração batendo descompassado, olhares perdidos, pensamentos longes. De repente sente toda a razão do ser atormentante, eu queria voar, dar minhas lindas avoadas, plainar, olhar lá do alto, escolher minha presa e levá-la para o lugar que eu já havia preparado. Era em uma copa enorme de uma árvore. Já estava tudo preparado, a vítima passaria lá as 23 horas, vinha meio que receoso, sentia calafrios, quando dei o bote, este nada reagiu, soltou seu material perto do carro e deixou-se levar por mim, eu o segurava pela cintura abraçando o firmemente. notei que estava tranquilo, não teve medo, até facilitava as coisas. Foi um voo curto, logo chegamos ao meu ninho, soltei-o e o deixei observar tudo, o que não era tanto, olhou com aqueles olhos negros, grandes, seus cabelos sem corte quase do tamanho do meu o deixava com um ar de cigano, como era atraente! Recolhi minhas asas e o deixei a vontade para fazer qualquer pergunta, mas ele surpreendeu-me, agarrou-me e beijou-me, levantou meu vestido e rasgou a minuscula calcinha que eu usava, colocou sua mão em minha vulva e murmurou em meu ouvido: - É assim peladinha que gosto e vou fazê-la voar até o resto do caminho até a estrela mais brilhante, pois pegou-me hoje com mais vontade do que todas as vezes, vais sentir todo o prazer que nunca sentistes, sou eu o teu esperado príncipe do sexo, do amor, do prazer? Me esperastes sem nenhuma confiança que eu existisse, pois estou aqui e nada terá que fazer, só aproveitar do amor que vou lhe entregar, nunca mais sentirá carência, saberás hoje o que dentro de ti desperta em um homem, porque és perfeita e nada tem de errado contigo, tirou meu vestido delicadamente e deitou-me no ninho, eu surpreendida só fazia olhar aquele príncipe da noite a me acariciar como nunca antes fui tocada.
E fomos até o amanhecer, de amor, prazer, carinhos e satisfação.
Coloquei minhas abri minhas asas e voei, aprendi que está dentro de mim o meu amor, meu carinho, minha sede de ser amada, não matarei esta sede em outras fontes está dentro de mim, só que eu nunca ouvira seu chuá...
Íris Pereira 


Eu sou de uma terra que o povo padece
Mas não esmorece e procura vencer.
Da terra querida, que a linda cabocla
De riso na boca zomba no sofrer
Não nego meu sangue, não nego meu nome
Olho para a fome, pergunto o que há?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará.
Patativa do Assaré

Pra Não Dizer que Não falei de Mim

 Agora falar de mim como pessoa é fácil, eu é que sou difícil, pois sou mimada, dengosa, adoro que me encham de carinho. Mas sou uma pessoa muito compreensiva, quando não fazem , eu peço! Sou chata!!!!Quando gosto de alguém, e sou muito fácil de gostar, tenho um defeito muito grande, não me seguro e falo mesmo se não gostei de alguma coisa. Com os amigos virtuais tem que ser mais delicada nas palavras, pois podem serem interpretadas erradas. Com os amigos pessoais, que estão próximos, já é mais fácil de se comunicar e se entender, esses me
acham muito legal e vivem dizendo que me amam, bem eu faço por onde...Quero dizer pra você meus novos amigos que inventei de ser escritora, não deu certo, mas eu continuo assim mesmo, eu sou fã de mim mesma, adoro meus textos. Tenho três blogs, um é www.irisreflete.com onde falo e faço reflexões da minha vida e dos outros também. Os outros dois foi idéia da minha parte atrevida. Um dia eu estava sentada na praça lendo um livro e ouvi um senhor já com seus 70 anos dizendo assim pra mulher dele (sei por que me levantei e os segui) além disto ele falava alto:" Ora que negocio é esse de você querer fazer igual nas novelas, você pensa que é verdade? é tudo mentira, mulher com 60 anos não tem mais vontade de fazer isto não( isto era sexo) parou de sangrar, acabou a mulher, é só esperar chegar a hora. Aquilo me deu um ódio, uma revolta, e vi que a senhora era ainda muito bonita e se vestia bem, o cabelo bem arrumado e com certeza ela ainda sentia sim muita vontade de sexo. Dei a volta na praça, os deixei irem, mas resolvi fazer algo por nos da terceira idade. Criei um blog onde falo sobre sexo de uma forma sensual, sem pornografia, e uso um personagem como se fosse eu, nela ponho todos os meus desejos, sentimentos vontade e escrevo em forma apenas de textos, onde deixo bem claro que o melhor sexo é justamente quando estamos maduros, preparados. É só ter diálogo com o parceiro, perder o receio de está sendo avançada, não ser tímida e falar como gosto, como é que quer e por ai vai. Eu não me dei por satisfeita e posei para algumas fotos nuas e coloquei lá, com autorização do meu marido e filha a fotógrafa. Mostrei-me como sou sou, sem maquiar nada, só quero mostrar com essas fotos que 60 anos é o tanto que nós podemos ter. Não me envergonho disto nunca, pelo contrario estou ajudando muitas senhoras que haviam se entregado à frieza e pensavam que estavam mortas...
Bem acho que já deu para conhecer um pouco da Miris, írisreflete, írisaparencia e arcoirishorizonte: Maria Írismar. Pois sim gostaria mesmo era de poder escrever tudo que penso a respeito do prazer sexual., do toque em si mesma, dirigir seu companheiro no caminho do desejo e do prazer, pois pra ele é tudo mais fácil, eles já estão sempre prontos, de pau em pé, mas tem que ser mais devagar, com carinho, não é porque envelhecemos que perdemos o tato e a vontade de namorar, beijar receber carinhos, enfim fazer mesmo o sexo bem feito e chegar ao orgasmo.
  Miris ( Arcoiris)

O "Adeus" de Teresa
A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta a correnteza,
A valsa nos levou nos giros seus
E amamos juntos E depois na sala
"Adeus" eu disse-lhe a tremer co'a fala

E ela, corando, murmurou-me: "adeus."

Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . .
E da alcova saía um cavaleiro
Inda beijando uma mulher sem véus
Era eu Era a pálida Teresa!
"Adeus" lhe disse conservando-a presa

E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!"

Passaram tempos sec'los de delírio
Prazeres divinais gozos do Empíreo
... Mas um dia volvi aos lares meus.
Partindo eu disse - "Voltarei! descansa!. . . "
Ela, chorando mais que uma criança,

Ela em soluços murmurou-me: "adeus!"

Quando voltei era o palácio em festa!
E a voz d'Ela e de um homem lá na orquestra
Preenchiam de amor o azul dos céus.
Entrei! Ela me olhou branca surpresa!
Foi a última vez que eu vi Teresa!

E ela arquejando murmurou-me: "adeus!"
Castro Alves

O Amor é fogo que se arde sem se ver


Luís de Camões : Amor é fogo que arde sem se ver
em 30/05/2008 20:01:16 (45647 leituras)
Luís de Camões
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís de Camões


Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=654#ixzz1PkegOCIt
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives

SENTADA NA GRAMA NOITE DE LUAR

sentada na grama noite de luar
curto tanto isto.

SERENÍSSIMA

Sou um animal sentimental
Me apego facilmente ao que desperta meu desejo
Tente me obrigar a fazer o que não quero
E você vai logo ver o que acontece.
Acho que entendo o que você quis me dizer
Mas existem outras coisas.

Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade,
Tudo está perdido mas existem possibilidades.
Tínhamos a idéia, mas você mudou os planos
Tínhamos um plano, você mudou de idéia
Já passou, já passou - quem sabe outro dia.

Antes eu sonhava, agora já não durmo
Quando foi que competimos pela primeira vez?
O que ninguém percebe é o que todo mundo sabe
Não entendo terrorismo, falávamos de amizade.

Não estou mais interessado no que sinto
Não acredito em nada além do que duvido
Você espera respostas que eu não tenho mas
Não vou brigar por causa disso
Até penso duas vezes se você quiser ficar.

Minha laranjeira verde, por que está tão prateada?
Foi da lua dessa noite, do sereno da madrugada
Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo.
LEGIÃO URBANA

Enquanto Houver Sol


Enquanto Houver Sol

Titãs

Composição : Sérgio Britto
Quando não houver saída
Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma idéia vale uma vida...
Quando não houver esperança
Quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança
Em cada um de nós
Algo de uma criança...
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol...
Quando não houver caminho
Mesmo sem amor, sem direção
A sós ninguém está sozinho
É caminhando
Que se faz o caminho...
Quando não houver desejo
Quando não restar nem mesmo dor
Ainda há de haver desejo
Em cada um de nós
Aonde Deus colocou...
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol...(3x)

Porque essa solidão?


POR QUE ESSA SOLIDÃO ? POR QUE SINTO FALTA DE ALGO? DE ALGUÉM? DO QUE?

Meu interior tão vazio se encontra, ou tão cheio que que perco o controle de onde encaixar tantas coisas, meus caminhos tão perdidos e sem rastros, sem marcas, só vejo um um trilho semi apagado de pés calçados, tento segui-los colocando os meus descalços e doloridos de tanto andar sem destino certo, são tão grandes porem as marcas dos pés eu acho que os reconheço já outrora andei com eles lado a lado aos meus também calçados, perdi-me deles por teimosia em não confiar que me levariam ao lugar certo, onde tudo terminaria no descansar na relva ora verde por chuvas caídas por todo o inverno tão raro que este ano fora tão abundante como fora cheio de amor o meu coração enquanto com com seus pés calçados eu seguia lado a lado.
Perdi meus calçados de tão gastos por andar pra lá e pra cá sem rumo, perdida sem nem mesmo vontade de desafiar um outro caminho, correr riscos, buscar novos pés pra seguir, abrir meus próprios caminhos, que fossem pra começar, iniciar, sem atropelos, sem promessas, apenas andar olhando enfrente ouvindo o mundo e vozes da mata que aparece densa, verde, com grandes árvores formando meus fantasmas, sussurrando coisas, músicas, risadas, choros, pisando agora com firmeza já não sinto cansaço, cheia de entusiasmo deixo-me levar leve e corro ao ouvir um forte chamado, vem amada, nunca a deixei, sempre estive ao seu lado, você que estava desiludida demais pra perceber que não precisava ir tão longe. Vamos esvaziar todas essas agonias, esses caminhos perdidos, essas trilhas quase apagadas, refaçamos agora quatro pegadas firmes e fundas, pois vamos correr ao encontro do que procuramos e juntos encontraremos e deitados lado a lado de dia brincando de olhar as nuvens formando cada um a seu modo sua imagem de carneiros ou elefantes e a noite procurando o cruzeiro do sul ou a estrela do norte...
Não sei viver só, sem sonhos, sem trilhos, sem uma pegada pra seguir, sem uma mão pra pegar, sem um corpo pra me esquentar.
Íris Reflete

sábado, 18 de junho de 2011

meu casal de nuvéns


Meu casal de nuvens


     Terça feira, 10 de janeiro de 2011,
  Estou   deitada de costa na areia alva e quente, sobre a cabeça um pequeno travesseiro, a sombra de um guarda sol não me deixa totalmente exposta ao sol, tenho os olhos protegidos por lentes escuras, estou afastada do grupo de amigos, isolei-me com a licença deles pois queria observar o mar, bem quieta e sem movimentação.
     Olhando o horizonte meus olhos foram subindo lentamente, não acreditava no que estava vendo, eu podia observar um casal se beijando e era tão perfeito que parecia um casal do século passado, seus trajes assim indicavam, os cabelos da jovem trançados em um trançado perfeito terminando belo penteado soltando cachinhos, seu rosto esboçava um sorriso malicioso enquanto o jovem vestido com calças de pernas justas presas por cumpridas botas e sua camisas de mangas cumpridas acabava com um babado terminando nas mãos, seus cabelos eram cacheados e usava um chapéu de um material muito luxuoso, era um bonito casal. Levantei meus óculos para ter a certeza que estava vendo mesmo aquela figura, não por ser um casal, mas por ser algo diferente de ursinhos, cachorrinhos, jacarés ou outros animais, pois desde pequena era só o que eu conseguia formar com as nuvens, fiquei olhando com olhos bem abertos e sem perder um só movimento do casal que tão alto estavam mas eu conseguia entender toda suas intenções, a mão do jovem por baixo do pesado vestido conseguia deixar a moça com olhos fechados de tanto prazer e ele com destreza com a outra mão a segurava firme pela cintura puxando a para juntar-se mais ainda naquele abraço, eu não podia ver onde estava naquela momento sua mão mas conseguia imaginar o que ela fazia, pois ele tinha naquele momento uma expressão de prazer e ela deixava sua cabeça encostar sobre seu ombro como que sufocando gemidos de uma imensa satisfação. Eu torcia para que o vento não soprasse forte por lá, mas foi em vão o vestido começava desmanchar e seus cabelos lindo já estavam soltos, seu rosto já não havia expressão, os braços do jovem agora longos só encostavam na barra da saia, ela ia subindo e ele cada vez se afastava mais de sua amante. O vento foi forte e desmanchou sem piedade o lindo casal e lá estava no céu cheio de nuvens novamente um elefante, um jacaré e outros tantos animais que era o que sempre formava com as nuvens brancas e leves. Voltei a deitar minha cabeça no travesseiro e fechei os olhos dando continuidade em pensamentos o que o casal ainda poderia praticar...
   Íris Pereira

Dia de Caos


Dias de caos.

       Já acordei muito mal. Sei que cada um é responsável pelo seu próprio caos e que se soubermos administrá-lo diminuiremos o terror que está rondando as pessoas. Tudo estava dando errado, desde o dia anterior que já estava aborrecida com um montão de tarefas para serem cumpridas, só que eram tarefas CUMPRIDAS mesmo, além da minha capacidade de paciência e tolerância,  e olhem que sou calma. Primeiro tinha que ir ao centro, odeio ir ao centro, carros andando como que dirigido por fantasmas, ou simplesmente pessoas que não se amam ou não deixaram alguém em casa que os amam, um terror mesmo, você tem que dirigir por si e pelos outros. Estacionamento, simplesmente não existem vagas e quando você encontra , o flanelinha vem todo gentil, mas não olha merda nenhuma. Bom vamos ao banco, ai que maravilha, um fila enorme, a tal da senha é uma falsa impressão de que está tudo em ordem, que ordem ? Você espera mais tempo e ainda tem aquele apitinho de barulho irritante anunciando os números só que sua vez nunca chega, enfim tem que aguardar, chega finalmente seu número, vamos lá com aquela tamanha papelada ai o sistema está lento, sempre está, finalmente deu certo, menos um problema. Vamos agora ao supermercado, ai, ai, ai meu Deus, isto sim eu tenho certeza pago meus pecados todas as vezes que tenho que ir a um. Vamos enfrente, pego o carrinho, malditas rodinhas que sempre emperram, nunca fazem manutenção nestas rodas, vou passando de corredor em corredor e pegando tudo da lista, ai é um vexame: Bota óculos para ler os preços, tira óculos para ver de longe, pega isto , pega aquilo, pega tudo, agora no açougue, os rapazes até que são gentis, eu é que não suporto o cheiro e o visual da carne, escolho rápido tudo, agora legumes e frutas, nesta parte até que não fico muito aperriada não, só me irrito com as pessoas apertando , amassando tudo  e jogando o que não escolhe pra lá, é um dia de cão mesmo. Escolho tudo e me encaminho ao caixa, hora empurrando, hora puxando o carrinho com suas rodinhas travando. A espera: Fica num pé, fica no outro, encosta no carrinho, olha algo no meio do caminho para se distrair, são tantas coisas que colocam como corredor para se chegar aos caixas, você acaba pegando algo, as vezes por que precisa outras simplesmente para passar o tempo, chega minha vez, passagem de produtos, a esteira quebrada, eu e a funcionária temos que fazermos ginástica para passar tudo. Pagamento com cartão, sistema lento, bato o pé, assopro, assovio, olho pro vazio dou uma risada amarela e digo é assim mesmo, se preocupe não. Fique calma, ela está calma, eu que estou me coçando toda pensando nas outras tarefas. Guardar as compras no porta malas...vou pular esta parte, é torturante demais.
        Tenho que ir ainda ao dentista. Inferno! Fazer limpeza, como se eu não escovasse em média umas 4 vezes ao dia e ainda tenho que depois da tortura ouvir: Escove sempre depois das refeições, passe o fio dental e use liquido bucal para enxaguar. Agora estou mais calma, uma freada brusca e um xingamento, volta a irritação, como é belo essa vida de cidadão! Adoro  tudo isto.QUERO MORAR NA ROÇA! Montar meu cavalo corisco, pegar minhas frutas nas árvores, colher meus legumes na horta, torrar e moer meu grão de café na hora, pilar meu arroz no pilão, fazer meu mungunzá com o milho do meu milharal, deitar na minha rede na varanda e contar histórias para meus filhos, netos, noras, genros e afilhados. Quero contar as estrelas, ver o cruzeiro do sul, a estrela do norte, me emocionar com a estrela do oriente. Quero ouvir o galo cantar, o jumento relinchar de hora em hora e o sabia me acordar as 5 da manhã. Quero correr descalça pelo campo, ir lavar roupas no rio com sabão de pedra feita pela mãezinha, Quero ver tirar o leite da vaga mimosa, ver seu bezerro aproveitar o que sobrou em sua enorme teta. Quero me arrumar toda, colocar ,minha colônia alma de flores, por uma flor no cabelo e esperar meu amor que vai chegar com a boiada que vai levar bem cedo pro matadouro. Quero estar sempre contente e esperançosa que o próximo inverno será ainda melhor...Eu quero saber administrar o meu caos.

O Dia A Dia


            Um buraco enorme que vamos tirando areia e quanto mais nos enfiamos nele mais ficamos solitários, mas também descobrimos que o nosso vizinho também está cavando o seu. A unica coisa que levamos conosco é o computador e o celular as duas coisas que nos liga ao mundo real. Enquanto vou cavando, minhas lembranças me cutucam, limpo a testa de suor frio, nem sei se quero continuar cavando ou parar para lembrer o que está vindo de tão, tão distante...
-Mãe deixe eu ir assistir o filme de tarzan , tá passando no moderno e tio macário deixa eu entrar de graça, deixa mãe, deixa?
-Vai varrer a casa Iris, depois lavar a louça e ainda tem a lição de casa. Fique ai pensando em cinema que vai passar de ano na porta da escola.
-Ha! Mãe, eu faço tudo nessa casa, faço todas as lições, nunca repeti de ano e tudo que eu peço é assim, nunca deixa eu ir pra lugar nenhum, nisto sinto um dor na cabeça, nada mais é do que um croque bem dado por responder. Saiu correndo com medo de tomar outros e providencio fazer meus deveres, afinal tenho 14 anos, sou uma moça relativamente livre, pois todos os sábados vou ao cinema, bem verdade não tenho namorado, sou vigiada por 6 pares de olhos bem atentos, mal sabem ele que na verdade eu nem penso nisto de sexo.Ha! que vida que era vivida com vontade, nas férias ia pro sítio. Minha liberdade!!!!!!!!!!
               Dou mais uma cavada no buraco, cada vez mais fundo mais ainda vejo a padaria, o supermercado e a garagem onde fica guardado a maior parte do tempo meu carro, pois nas folgas, que folgas antes de cavar costumava ir ao cinema, teatro, à casa de amigos, dos meus parente, a casamentos, formaturas, comícios, votar, ferias! Eu tinha férias e gostava de viajar. Eram tantas coisas que aconteciam, eu tinha amor, paixão, ternura, agora vejo que estou mais fria, as noticias não me abalam mais como antes, as novelas não me intrigam mais, sempre sei o resultado final. Ler eu gosto, mas estou ocupada em cavar e deixo sempre o livro marcado na mesa de cabeceira, mas tenho que cavar, estou cansada, mas quem se importa? Bom eu que deveria me importar, mas porque? Ia fazer caminhada e sorria e cumprimentava os que por mim passavam, hoje  não posso parar e corro ao ver outras pessoas, desconfio de todos. Quero e tenho que dar um telefonema, mas vou adiando, se fosse como ante eu escreveria uma carta, há! As cartas, eu amava escrever cartas para amigos, pessoas que estavam longe, ainda ia até o centro colocar a carta no correio, hoje não preciso disto, eu cavo, cavo, deu-me sede fui beber agua, passei enfrente ao espelho da sala de jantar, me vi e voltei, tomei um susto! Como estou velho e cansado, será de tanto cavar? Vi meu cabelos já mais curtos e lembrei-me do meu primeiro namorado, ele sabia melhor que ninguém passar as mãos pelos meus cabelos, os pegava como se fossem flores e na hora de me beijar? Aí! Aí! Eram tão suaves seus lábios e tinha gosto de bem querer o seu beijo. Ora estou eu a lembrar coisas em vez de ir cavar. Ao passar pela janela vejo meu vizinho também a cavar e está com pressa, pois nem sua gravata amarrou ainda e está com uma xícara na mão bebendo de pé seu café matinal, seus filhos correm para o carro todos atrasados para serem levados a aprenderem a cavar. Tomo minha agua, olha dentro da geladeira, mas nada me apetece, volto então a cavar, penso no caminho de volta até o buraco se eu deveria fazer outra tentativa de algo novo, mas o que? Tem algo novo? Realmente novo? Devo ligar a tv e ver se aconteceu algo de novidade boa? Não! Melhor não, vou cavar meu buraco onde com certeza não terei nenhuma surpresa agradável ou desagradável. Lá não corro o risco de me chatear, como não? Tantas vezes já me chateei por tentar entender  os buracos, os dos outros porque o meu também está ficando difícil de me entender com ele.
               Cansei é madrugada já mesmo assim não tenho sono, uma vontade de dormir ali mesmo,mas ainda tenho obrigações, não sou responsável só pelo meu buraco, tenho que conviver com outras seres que se dizem humanos, tenho que conviver nem que seja por educação com outros habitantes da minha casa onde estou cavando meu buraco.
                Íris Pereira

Meu Rei para sempre


Meu rei para sempre

Quando eu era pequena lá na roça, eu tinha um amigo ela era maior que eu um pouco, tinha seus 6 anos e eu 5, era tão legal, lembro como se fosse agora, eu tomava meu café com tapioca ou cuscuz, as vezes era mandioca ou batata doce, não tinha pão, então eu pegava um pedaço do que eu comesse e levava pra ele, todos os dias ele já estava lá em baixo do pé de jatobá, esperando, ele também tomava seu café com alguma mistura, porém nunca trouxe nada pra mim, mas eu não reparava nem perguntava o que ele comeu, sei que ele terminava de comer o que eu trouxe , passava as costas das mãos na boca e ia logo dizendo do que vamos brincar? Nós brincávamos de tudo, corre atrás das galinhas, dos bodes, atirar pedra nas vacas, tentar matar passarinho, subir em árvores mais baixas tipo siriguela, jacarana, umbu, cabaça ,sempre as mais baixas. Assim sempre brincávamos até a hora dos gritos da mãe dele ou da minha chamando para almoçar. Ele não morava longe era como se fosse quarteirões seriam uns dois. Neste dia ele não voltou depois do almoço, fiquei andando pra lá e pra cá, tentando uma brincadeira sozinha, mas nada dava certo, o negocio era meu amigo Paulinho chegar, mas deu hora de entrar e nada. Fui então tomar meu banho e ouvir historias do meu irmão Auderico.
Tomei meu café, peguei o a tapioca e fui pra fora encontrar meu amigo, meu único amigo. Decepção, dor, agonia, andava de lá pra cá e nada dele chegar. esperei até a hora de sua mãe o chamar para almoçar, resolvi então dar a tapioca pro piau, meu cachorro. Entrei quase chorando, nem me alegrei com tripa de porco que a mamãe tinha fritado, nem olhei direito pro prato e fui deitar na rede que ficava no corredor da casa de taipa que eu morava. A tarde inteira fiquei triste,já nesta época não sacia chorar, sempre fui assim, minhas lágrimas escorrem pra dentro, eu não as libero, senão embaixo do chuveiro, naquela época eu tomava banho de bacia e nem tinha essa idéia.
Tomei meu café mais rápido e fui correndo levando uma batata doce para meu amigo, nada! Ninguém por lá. Deu-me uma agonia danada, uma coisa amargando na boca, fui sem pensar correndo e sem olhar pra traz até a casa dele, piau me acompanhou, chegamos lá de uma corrida só, encontramos alguns meninos e algumas meninas brincando no quintal vizinho, mas meu Paulinho não estava, as crianças pararam de brincarem e vieram ao meu encontro, uma delas acho que a irmã dele, falou o meu irmão tá doente e não pode entrar ninguém lá por que pega, é catapora, ele tá cheio de bolinhas e com muita febre. Eu fui até o fundo da casa e procurei a mãe dele, ela falou-me a mesma coisa. Eu entreguei a batata pra ela entregar pra ela pegou a batata e foi até lá dentro e colocou em cima do fogão à lenha. Depois sem nem olhar se eu estava ainda pegou uma lata e foi pegar agua na cacimba, deixei ela sumir e entrei à procura do meu amiguinho, meu coração batia forte, quando virei um corredor dei quase por cima dele, estava deitado em uma rede forrado com folhas de bananeiras,estava sem roupas e seu corpo todo era bolinhas avermelhadas e roxas, até seu lindo rosto estava coberto por aquelas coisas feias. Ele assustou-se com minha presença e eu com o estado dele. Quase o abraço sai assim sem pensar, mas ele gritou forte: pare não chegue perto, você vai pegar também, mas eu passei a mão em sua cabeça e falei, não pego não e se pegar não tem nada demais, você pegou.Ele deu um meio sorriso, pois nem isto podia fazer de tanto que incomodava. Fiquei ali olhando pra ele e perguntei quando vai poder ir lá brincar comigo? Ele fez um gesto com os lábios como se não tivesse nem idéia. Eu falei Eu venho ver você. Passei novamente a mão em seus cabelos loiros e fui pela porta da frente. As crianças nem deram por minha correria. Fiquei o resto do dia triste, com aquela imagem em minha mente e uma vontade de estar lá com ele, era incrível nosso apego, algo lá no meu coração ficava alegre ao pensar e lembrar de nossas brincadeiras. Tive sonhos ruins e gritei enquanto dormia e minha mãe acordou-me, eram pesadelos, mas minha mãe já prometera dar-me daquelas malditas pílulas verde de óleo. Que nojo.
Assim foram sete dias escondidos, as vezes dava e as vezes não dava para vê-lo ai sim a agonia tomava conta do meu coração.
Teve novena em casa de mãe branca e fomos todos, mas ele não estava,perguntei pra sua irmã dele e ela falou que agora estava ficando bom e murchando e não podia sair mesmo. Nada ali tinha graça sem ele. finquei pé na arreia e fui até a casa dele que ficava bem perto, o vi pelo claro da lamparina sentado em um banco forrado com alguns panos, nem dei por conta como aconteceu, de repente estávamos abraçados, não dizíamos nada, éramos duas crianças que se gostavam e tinham afinidades. De repente senti duas mãos forte puxando pelos meus enormes cabelos pretos e cacheados, era minha mãe, que perguntando por mim alguém me denunciou, saiu puxando-me e dizendo coisas que eu nem compreendia, olhei apenas para traz e gritei te vejo depois.
Doía-me todo meu couro cabeludo quando Dasdores penteava meus cabelos, mas o que doía mais era o que ela dizia: Menina danada, deste tamanho já tem fogo no rabo, por isto não disgruda daquele galego, é todo tempo brincando só com ele. Tua mãe que não cuide de você não que vai é dar pro que não presta.Eu pensava comigo mesma, será que gostar de dele é uma coisa ruim? Mas porque? Ele vai ser meu rei e eu sua rainha, o Auderico contou uma história de um rei e uma rainha e que eles foram felizes para sempre e eu sei que nós também seremos felizes.
Não deu tempo eu reencontrar meu rei, fomos morar no Crato, e nunca mais vi o meu rei e se o visse nem o reconheceria, as crianças mudam muito principalmente nesta idade. Esquecer não foi fácil como dizem que pra criança tudo é esquecido rápido. Sempre lembrei dele, ainda hoje lembro seu rosto e seu último olhar pela luz da lamparina.
Eu poderia ter escrito este texto com palavras iguais falávamos naquele tempo, mas achei melhor passar minhas lembranças como elas ainda estão em minha memória.
Íris Pereira

Minha resposta


Arcoiris No Horizonte disse...

...Eu te amo! A Maria continua dizendo eu te amo a quem de faro ama e como ama a tantos, por que no mundo existem mais bondade que maldade.
Ao reconhecer em suas cicatrizes que elas estavam apagando era hora de esquecer o mau feito e evitar que lhe continuassem a machucá-la. O papai noel trouxe-lhe a boneca quando ela disse sim enfrente ao altar e far e o padre abençoou o ato dolorido e mais uma cicatriz lhe foi aberta, ms desta vez a boneca veio nove meses depois, nem era época de natal, ele foi tão bondoso que adiantou a entrega. Mas Ela, a Maria foi obediente e deste então passou a ser cada dia mais obediente. As novas cicatrizes eram agora invisíveis, essas ela não as mostrou ainda para o mundo.
Você foi a pessoa que mais compreendeu a Maria, parece até que esteve todo tempo junto com ela, será que não eras o anjo da guarda que ela ouvia dizer-lhe que tudo ia mudar e ficar bem.
Não se preocupe meu rei, a Maria dirá sim tantas vezes forem preciso: Eu te amo< e a cada cicatriz apagada o amor em seu coração aumentará.
Você foi simplesmente maravilhoso, nem eu contaria com tanta prioridade e sentimento os desabafos da Maria.
Obrigada.
Hoje ( somente hoje li, pois não tinha coragem pra continuar)
Ao terminar o meu texto e ler finalmente o seu fiz um chá de folhas de laranja lima e o tomei, fui para debaixo do chuveiro e fiquei não sei quanto tempo...Mas por certo saí de lá ma amando e amando mais o meu escritor.
Íris Pereira

Jamais diga eu te amo


Jamais diga eu te amo

desautoria.blogspot.com


O cérebro de uma criança
automaticamente acreditará
no que lhe é dito,
mesmo quando o que lhe é dito...
é uma besteira.
E quando esta criança crescer
ela tenderá a passar
essa mesma besteira aos seus filhos

O Vírus da Fé, Richard Dawkins


Cicatrizes são troféus, disse ao encarar pela enésina vez o agressor e lembrou-se do caminhonheiro que morava na rua de baixo e duas vezes por mês estacionava seu FNM-D9.500 no terreno em frente à meágua onde, mal e porcamente, vivia guardada pela mãe que insistia em reprimí-la naquilo que, em seus pequenos seis anos, nem sonhava imaginar de e pra si, ainda. Embora já tivesse ouvido das amigas coisas horríveis que os adultos podem fazer uns aos outros, por gosto ou necessidade, pensava apenas em ganhar do papai noel aquela boneca de cabelo louro e cintilante, como os seus próprios. Do futuro, era o que esperava. Quanto ao resto, quando fosse a hora saberia o que fazer e isto não a preocupava nem um pouco nem mesmo naqueles momentos em que era injusta e severamente castigada por este ou aquele gesto interpretado como leviano ou obsceno pela macerada mãe madrasta. (…) A vida é assim mesmo: julgamos, culpamos e punimos os outros baseados nas nossas próprias escolhas, nem sempre louváveis, guiadas pela ignorância, imediatismo ou mesmo aceitação em ser o que se é por absoluta incompetência em arriscar-se ser de outra forma. (…) Assim, como poderia ganhar aquela boneca de papai noel se não fizesse o que lhe mandavam fazer? E o caminhonheiro foi bastante convincente. Pediu-lhe que fizesse bem feito, era necessário, pois papai noel só atende aos pedidos das meninas muito boazinhas. Ao serem flagrados pela mãe, tentou correr mas foi agarrada pelos cabelos e espancada sob alegação de que era uma sem vergonha, uma descarada, uma perdida, a única culpada por toda a desgraça do mundo, pois nascera mulher e mulher foi feita pra sofrer e fazer sofrer quem lhe caisse nos braços, para espalhar o inferno neste mundo de deus dará... Por isso não havia outra saída senão aceitar os cinco cabrais que o caminhonheiro lhe estendeu a título de indenização por perdas e danos. Naquele ano, papai noel não cumpriu com o seu papel mas o fez no ano seguinte quando suas pernas grossas e seus seios hirtos aceitaram os chamegos da professora primária, do guarda, do padeiro, do sacristão e de dois ou três doutores que às sexta feiras davam plantão naquele buraco encravado na Serra Dois Irmãos, pertinho de Viçosa. Daí reparou que para ganhar o que quer que fosse deveria que ser mais que boazinha, deveria tornar-se uma colecionadora de cicatrizes, afinal o que lhe pediram daí em diante passou-lhe a doer mais que o costumeiro, devido aos excessos de um e de outro ávido em sacrificar-lhe no altar dos imperativos humanos. (…) A civilização tem destas coisas, ao mesmo tempo em que nos tira do estado de selvageria nos capacita a requintar cada vez mais o animal que nos habita, dotando-nos de técnicas sofisticadas de submeter e ser submetido, de sofrer e de fazer o outro sofrer por nós. Não demorou muito a perceber que, ao invés dos aguardados presentes ia, isto sim, acumulando dores, dores, sempre mais dores, não só na pele, mas dentro, lá onde ninguém chega, lá onde só você sabe o quanto dói uma saudade, disse Jocélia certa de que fora agraciada com um poder maligno, porque não era uma questão de gostar ou de não gostar, era uma uma missão, sua missão, a sua parte naquele imenso latifúndio.

Vê esta aqui, e riscou com o indicador o traço que ia da sobrancelha esquerda até perto do lóbulo da orelha, esta ganhei quando tinha doze anos. Como deve ter percebido, o que quer que você pretenda fazer não há quem já não tenha feito antes. Não ocorre-me novidades, meu caro. Não há dor que eu não já não tenha sentido, não há dor que eu já não sinta de antemão toda a sua crueza. Portanto, sugiro que, se queres mesmo ver-me sofrer faça-o aqui no lado interno da coxa, onde poucos pensaram marcar e que, ultimamente, reservo para iniciantes. Consinto tudo, desde que seja rápido. Só não permitas que te odeie por teres sido impreciso. Porque em mim, só aqueles que traziam na alma a marca dos verdadeiros peritos puderam, por suas inventividades, galgar este acidente humano que me tornei. Preste bastante atenção na tua saliva, se salivares pouco durante o golpe, estanca, não foste feito para tais vôos. Agora, se babares ao me ver entregue aos teus caprichos, aproveita e jogue por terra o ultimo vestígio de pieguice que acaso ainda nutras dentro do teu peito. Já me deixei levar por muitos covardes, por mansos, por crédulos, por honestíssimos moralistas e até por donzelas e matronas invejosas da minha liberdade e da minha resignação, eu, sempre atraída por aqueles que machucam por machucar, que não aguardam qualquer recompensa que não a imediata satisfação e que, arrogantes, cospem sempre no prato que comem ao alardearem vitalidades como se fosse mérito próprio e não produto de outras dores.

Que foi, vais desistir sem ao menos tentar provar do meu sabor, sem ao menos saber se é acre, se é doce, se azedo? Travo, amigo, meu gosto é travo confesso, já que não foste feito para as coisas verdes. (…) Queres saber? Ganhei a minha boneca, vive comigo até hoje, cuido dela como cuido de mim mesma, banho-a, faço-lhe roupas novas, deixa-a à janela para apreciar a tarde, levo-a pra passear, conto-lhe histórias, falo do amanhã, de quando estiver crescida... falo dos garotos, das suas brincadeiras irresponsáveis, do primeiro beijo, do primeiro sutiã, da primeira menstruação, falo de todos os principes encantados dos quatro cantos deste mundo, ensaio com ela subidas ao altar, falo da primeira noite, das noites seguintes, dos filhos que virão, dos netos que virão e, sobretudo, da minha satisfação de vê-la sempre com aquele sorriso no rosto... ah, aquelas bochechas rosadinhas que gosto tanto de beijar e apertar! Desculpe, imperdoável minha tolice. (…) Agora por favor, afaste-se, devo prosseguir e se fores quem eu penso que és, escuta, te peço, nunca, jamais, jamais tornes a dizer eu te amo, porque, eu, tola, posso acreditar, e aí não terás outra escolha senão matar-me lenta e dolorosamente.



Eu Cresci

Agonia no peito, pensamento pesado, tristeza no olhar, atá minha sombra sente o peso da minha tristeza, ai quem diria que um dia eu cresceria e choraria, ficaria triste, mágoas me atacariam o coração, lágrimas insistiriam em descerem mesmo sem não estando debaixo do chuveiro,
que eu saberia a cor da tristeza ou a usaria para marca este dia, quem diria que eu cresceria e conheceria a dor lá de dentro, não a do braço quebrado por cair do jatobazeiro, não a do estômago pedindo algo quente e sólido, não a dor de ver alguém indo em um caixão ser enterrado, pra este o sofrimento acabara. Quem diria que eu cresceria e conheceria as pessoas que sabem respostas e que as dão sem saberem olhar, sem nem saber a cor dos meus olhos, sem atenção, sem saber o que quis saber o coração e não a curiosidade. Quem diria que eu cresceria e conheceria rei sem rainha, homem sem mulher, mulher sem homem e mesmo assim se acham felizes. Quem diria que cresceria mas não me satisfaria com meu tamanho, não a altura, mas o tamanho do conhecimento das coisas criadas por eles, pois as já existentes eu já as conheço bem e de cor, são com elas que eu aprendo, são com elas que eu divido meus sonhos, minhas verdades e segredos, porque contá-las aos homens, eles não ouvem, eles escutam , mas logo esquecem e ficam parados, estáticos diante de mim como se eu não tivesse crescido, ha! mas eu cresci e perdi minha inocência...ou eu nunca a tive de fato? Só sei que cresci e andando por aí descalça e chutando pedras e cavacos, aprendi que o homem tem pensamentos ricos, pobres, enlouquecedores, vivos, realistas e sonhadores, mas não percebem quando crescemos, mesmo estando ali junto, gritando: Ei olhe pra mim, como estou grande! Veja já te alcanço. Não! É só uma ilusão para eles eu serei sempre pequena. Não importa vivo grande minhas lembranças e eu e quando um dia encontrar alguém que perceba meu tamanho, dividiremos nossas experiências, sabedorias, olhares e altura. AÍ eu gritarei aos meus ouvintes da natureza: Encontrei! Demorei mas encontrei.
Íris Pereira

Minhas Bonecas


Minhas bonecas, minhas lembranças

    Eu amo bonecas de brinquedos e ganho bastante de minha filha, minha neta, minhas amigas, portanto a cicatriz que o o motorista de caminhão pensou deixar pra sempre, foi apagada e hoje só lembro por que lembranças não se apagam quando doeram demais.
    Eu coloco nomes, faço roupas, tenho elas sempre limpas e por perto de mim, elas são apenas bonecas, não falam, não choram c nem andam , mas cada vez que eu cuido delas, brinco com elas lembro que o perdão apaga cicatrizes e que nos aproximam do bem.
   Eu procuro instruir e passar tudo isto de amor, verdade, perdão e boas escolhas para meus filhos e minha neta
mesmo eu não tendo sico um exemplo dos melhores, hoje faço o possível para que elas saibam diferenciar o que ´bom e o que é mau, o que é verdadeiro e o que é falso, Saber fazer suas escolhas e nunca ter medo de consultar muitas vezes o que devem seguir e principalmente nunca se calarem por ameaças ou medo, nada lhes fará mais mau do que calar e ceder a uma chantagem emocional. Não ter medo de falar com alguém de confiança, que é raro mas existem.
   Eu a fiz compreenderem  também o valor do perdão e curar feridas e cicatrizes.
   Íris Pereira

Maria e suas escolhas mostruosoas

A Maria contou desesperada que teve um sonho muito ruim, ela tremia toda ao falar, mas eu tentei junto com ela lembrar exatamente o que sonhara tão tuim assim. Ela repetia: Eu fui tão ruim, eu fui mau novamente, eu nunca mais tinha sido ruim e no sonho eu fui muito mau. EU estava descalça, vestida com meu vestido predileto, o de bolinhas e alcas amaradas com laços, cumprido e bem soltinho, ia andando pela rua de terra fazendo uma trança em meus enormes cabelos, quando ouvi alguém me chamando, olhei de onde vinha o chamado, vinha da árvore, seu tronco era enorme, era uma seringueira e eu fui até perto dela seu tronco se abriu e me agarrou deixando só a cabeça com as tranças pra fora, era um abraço sufocante e estava me espremendo aos poucos, mas eu já estava apavorado quando eu vi outra Maria igual a mim rindo e correndo pra lá e pra cá, as vezes chegava muito perto e puxava minhas tranças, passava a mão em meu rosto já todo vermelho, ela era tão igual a mim que eu podia jurar que eu me via em um espelho naquele momento, ela dizia é bom ser abraçada por algo forte, não é Maria? Mas você não é tão frágil assim como pensa, vamos sote-se daí, livre deste tronco enorme, a vida todo Maria você viveu assim agarrada por algo mais forte que você, mas você também tem a força, solte-se! Vamos, senão será tarde, solte-se!!!!!Ela gritava comigo, puxava minhas tranças e beliscava meu rosto. Eu confio em você e na sua força, mas estou vendo que é franca igual a mim, que adianta sermos duas? Eu aqui fora, você ai dentro inutilizada, vamos o perigo deixa a pessoa mais forte, solte-se, liberte-se, até quando vai ser prisioneira? O pior Maria é que você escolhe suas prisões, foi ao primeiro chamado, agora está aí novamente escrava, sufocada, inutilizada novamente só obedecendo e sendo mandada. E Eu Maria o que faço, só vivo pelos teus atos impensados, pago por todos eles. Por que Maria
temos que estarmos sempre errando e caminhando pelo caminho tortuoso e enladeirado? Ela já não falava mais só lhe via as lagrimas escorrem pelas vermelhas faces, mas eu me irritava mais ainda com isto e gritei bem alto e forte: Não chore, não está chovendo, nem orvalho tem, aguente! está só fazendo mais uma cicatriz e está agora assim tão ressente vai te custar caro, terá que viver mais tempo para apagá-la. Diga-me aprendeu algo com este mostro? Ela não respondia, se esforçava para não chorar, então falei-lhe calmamente, venha vamos cumprir mais este destino, levante seu braço e fazendo isto ela colocou sua mão para fora e eu a puxei pra junto de mim e juntas numa só fomos amaciar mais uma cicatriz em baixo do chuveiro. Mas por pouco não deixo a Maria ir cumprir seu destino sozinha e fico ali livre de suas andanças, seus pecados, seus sonhos...
Iris Pereira

alguns dos meus ídolos

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Chico Buarque de Holanda

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