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Ribeirão Preto-, Sudeste-São Paulo, Brazil
Mulher com muita sede de aprender,, de se comunicar, de aparecer,fazer amizades, gritar: Estou aqui, eu existo, me vejam, me escutem...O resto saberão conhecendo nosso blog sou uma mulher simples, não tenho formação universitária, mas gosto de ler, de me informar, aprender. Sou inquieta, estou sempre em movimento à procura do saber mais e mais. Sou Cearense lá da Ponta da Serra, Gosto de Dançar, nadar, tomar banho de chuva, não sei brigar, mas se me irritarem vão arranjar uma boa briga. Meu maior defeito: Ciúme. Minha maior qualidade: Saber ouvir e ser solidária. O que mais odeio: Mentira O que mais me importa: Minha linda família. O que mais prezo: Meus amigos, mesmo os virtuais. Não bebo, não fumo, não uso droga, só as vezes, quando me refiro a fazer sexo, digo manhosa pro meu marido: Me dar essa droga ai, vai! Já li muitos livros, já vi muitos filmes, músicas todas, depende do momento e do astral. Amizade perfeita: A que diz a verdade Desejo: Escrever um livro Sonho: Voar Super poder:Voar O que não esqueço: Meus 9 anos O lugar que voltarei: Crato-PS Desejo oprimido:Provar que tenho um pai: Dalcir Siebra Brito
Cura do Câncer: meu desejo para 2011. Tenho um motivo pessoal para pedir a todos para que coloquem essa mensagem em seu status por uma 1h. Sei quem vai colocar! Pense em alguém que vc ame que teve cancer ou está lutando agora mesmo. Meu desejo é que em 2011 a cura seja encontrada. Há muitos que podemos mencionar que lutaram e que estão lutando. Espero ver isso no status de todos os meus amigos!

Enviem dicas de fofocas, receitas saborosa, saúde, beleza, colocarei tudo diariamente.

Um sonho para viver

visitantes, quero pedir desculpas por apresentar-lhes textos cheio de erros de concordâncias, português e outros mais, Nada Justifica o fato de eu não ter formação didática, pois a leitura é a melhor forma de se aprender e o pouco que sei foi através dela. Quero ainda dizer-lhes que aceito criticas e ajuda, pois ao escrever um texto, sento-me aqui o escrevo e o posto. Quero acrescentar algo a meu respeito que poucos sabem: Eu crio, eu fantasio, mas MENTIR NUNCA, JAMAIS e por isto lhes digo é muito pretensão a minha querer escreve e ser lida e ainda por cima querer companheiros(as), mas por que ser hipócrita e não confessar que morro de desejo que todos venham visitar-me e deixe algo, uma lição que estarei disposta a cumprir...Venham
façam comigo um pouco de magia, deitemos no chão e vamos formar bichinhos com as nuvens. Vamos tomar banhos de chuva, olhar a lua em lugar sem luzes...
Venham e façam-me feliz.
Maria Irismar

sábado, 18 de junho de 2011

Jamais diga eu te amo


Jamais diga eu te amo

desautoria.blogspot.com


O cérebro de uma criança
automaticamente acreditará
no que lhe é dito,
mesmo quando o que lhe é dito...
é uma besteira.
E quando esta criança crescer
ela tenderá a passar
essa mesma besteira aos seus filhos

O Vírus da Fé, Richard Dawkins


Cicatrizes são troféus, disse ao encarar pela enésina vez o agressor e lembrou-se do caminhonheiro que morava na rua de baixo e duas vezes por mês estacionava seu FNM-D9.500 no terreno em frente à meágua onde, mal e porcamente, vivia guardada pela mãe que insistia em reprimí-la naquilo que, em seus pequenos seis anos, nem sonhava imaginar de e pra si, ainda. Embora já tivesse ouvido das amigas coisas horríveis que os adultos podem fazer uns aos outros, por gosto ou necessidade, pensava apenas em ganhar do papai noel aquela boneca de cabelo louro e cintilante, como os seus próprios. Do futuro, era o que esperava. Quanto ao resto, quando fosse a hora saberia o que fazer e isto não a preocupava nem um pouco nem mesmo naqueles momentos em que era injusta e severamente castigada por este ou aquele gesto interpretado como leviano ou obsceno pela macerada mãe madrasta. (…) A vida é assim mesmo: julgamos, culpamos e punimos os outros baseados nas nossas próprias escolhas, nem sempre louváveis, guiadas pela ignorância, imediatismo ou mesmo aceitação em ser o que se é por absoluta incompetência em arriscar-se ser de outra forma. (…) Assim, como poderia ganhar aquela boneca de papai noel se não fizesse o que lhe mandavam fazer? E o caminhonheiro foi bastante convincente. Pediu-lhe que fizesse bem feito, era necessário, pois papai noel só atende aos pedidos das meninas muito boazinhas. Ao serem flagrados pela mãe, tentou correr mas foi agarrada pelos cabelos e espancada sob alegação de que era uma sem vergonha, uma descarada, uma perdida, a única culpada por toda a desgraça do mundo, pois nascera mulher e mulher foi feita pra sofrer e fazer sofrer quem lhe caisse nos braços, para espalhar o inferno neste mundo de deus dará... Por isso não havia outra saída senão aceitar os cinco cabrais que o caminhonheiro lhe estendeu a título de indenização por perdas e danos. Naquele ano, papai noel não cumpriu com o seu papel mas o fez no ano seguinte quando suas pernas grossas e seus seios hirtos aceitaram os chamegos da professora primária, do guarda, do padeiro, do sacristão e de dois ou três doutores que às sexta feiras davam plantão naquele buraco encravado na Serra Dois Irmãos, pertinho de Viçosa. Daí reparou que para ganhar o que quer que fosse deveria que ser mais que boazinha, deveria tornar-se uma colecionadora de cicatrizes, afinal o que lhe pediram daí em diante passou-lhe a doer mais que o costumeiro, devido aos excessos de um e de outro ávido em sacrificar-lhe no altar dos imperativos humanos. (…) A civilização tem destas coisas, ao mesmo tempo em que nos tira do estado de selvageria nos capacita a requintar cada vez mais o animal que nos habita, dotando-nos de técnicas sofisticadas de submeter e ser submetido, de sofrer e de fazer o outro sofrer por nós. Não demorou muito a perceber que, ao invés dos aguardados presentes ia, isto sim, acumulando dores, dores, sempre mais dores, não só na pele, mas dentro, lá onde ninguém chega, lá onde só você sabe o quanto dói uma saudade, disse Jocélia certa de que fora agraciada com um poder maligno, porque não era uma questão de gostar ou de não gostar, era uma uma missão, sua missão, a sua parte naquele imenso latifúndio.

Vê esta aqui, e riscou com o indicador o traço que ia da sobrancelha esquerda até perto do lóbulo da orelha, esta ganhei quando tinha doze anos. Como deve ter percebido, o que quer que você pretenda fazer não há quem já não tenha feito antes. Não ocorre-me novidades, meu caro. Não há dor que eu não já não tenha sentido, não há dor que eu já não sinta de antemão toda a sua crueza. Portanto, sugiro que, se queres mesmo ver-me sofrer faça-o aqui no lado interno da coxa, onde poucos pensaram marcar e que, ultimamente, reservo para iniciantes. Consinto tudo, desde que seja rápido. Só não permitas que te odeie por teres sido impreciso. Porque em mim, só aqueles que traziam na alma a marca dos verdadeiros peritos puderam, por suas inventividades, galgar este acidente humano que me tornei. Preste bastante atenção na tua saliva, se salivares pouco durante o golpe, estanca, não foste feito para tais vôos. Agora, se babares ao me ver entregue aos teus caprichos, aproveita e jogue por terra o ultimo vestígio de pieguice que acaso ainda nutras dentro do teu peito. Já me deixei levar por muitos covardes, por mansos, por crédulos, por honestíssimos moralistas e até por donzelas e matronas invejosas da minha liberdade e da minha resignação, eu, sempre atraída por aqueles que machucam por machucar, que não aguardam qualquer recompensa que não a imediata satisfação e que, arrogantes, cospem sempre no prato que comem ao alardearem vitalidades como se fosse mérito próprio e não produto de outras dores.

Que foi, vais desistir sem ao menos tentar provar do meu sabor, sem ao menos saber se é acre, se é doce, se azedo? Travo, amigo, meu gosto é travo confesso, já que não foste feito para as coisas verdes. (…) Queres saber? Ganhei a minha boneca, vive comigo até hoje, cuido dela como cuido de mim mesma, banho-a, faço-lhe roupas novas, deixa-a à janela para apreciar a tarde, levo-a pra passear, conto-lhe histórias, falo do amanhã, de quando estiver crescida... falo dos garotos, das suas brincadeiras irresponsáveis, do primeiro beijo, do primeiro sutiã, da primeira menstruação, falo de todos os principes encantados dos quatro cantos deste mundo, ensaio com ela subidas ao altar, falo da primeira noite, das noites seguintes, dos filhos que virão, dos netos que virão e, sobretudo, da minha satisfação de vê-la sempre com aquele sorriso no rosto... ah, aquelas bochechas rosadinhas que gosto tanto de beijar e apertar! Desculpe, imperdoável minha tolice. (…) Agora por favor, afaste-se, devo prosseguir e se fores quem eu penso que és, escuta, te peço, nunca, jamais, jamais tornes a dizer eu te amo, porque, eu, tola, posso acreditar, e aí não terás outra escolha senão matar-me lenta e dolorosamente.



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